25 de fevereiro de 2010

The Wolfman (2010)

Pois bem... numa decisão um bocado em cima do joelho, decidimos ir ver "The Wolfman" (wikipedia, IMDB) ao Freeport.



Jantar no restaurante japonês Hong Sha Long, que já conhecemos, que de japonês tem pouco, só mesmo a comida. Mas é bom e barato o suficiente para lá voltarmos repetidamente, quando vamos para aqueles lados...

Mas o post é sobre o filme, portanto voltemos a ele.

No geral, achei o filme fraco.
Um rol de actores que inclui Anthony Hopkins, Benicio Del Toro, Emily Blunt e Hugo Weaving (o conhecido Agent Smith dos filmes "Matrix", ou como Elrond, pai de Arwen, nos "Senhor dos Anéis") prometia mais.

A partir deste ponto não me responsabilizo por estragar o filme a alguem, com base nas descrições que possa colocar aqui.
Quem quiser ver o filme sem saber mais nada, fique-se por aqui, e volte mais tarde.
Considerem-se avisados.

Alguns aspectos da história foram mal desenvolvidos, ou ficaram inteiramente por desenvolver.
Percebe-se muito rapidamente e cedo na história que Sir John Talbot (Hopkins), o pai de Lawrence Talbot/The Wolfman (Del Toro) é também ele um lobisomem, embora ele só o admita directamente muito mais para o fim do filme.
A relação de Lawrence com Gwen (Emily Blunt) é um bocado estranha: num momento é inexistente, no seguinte são os maiores amantes do mundo.
Até a pesquisa que Gwen efectuou, na esperança de encontrar uma cura para a licantropia (termo clínico para definir a condição de lobisomem), foi rápida e inconsequente. Esperava-se uma dedicação mauis intensa, seguida de uma frustração total em doscobrir que a única cura é a morte. Mas no filme não se vê nada disso.

Tirando o mau, ficou pouca coisa boa: os ataques do lobisomem são de facto assustadores, os flashes/visões de Lawrence antes de se aperceber no que tornou não se conseguem ignorar, e a transformação homem/lobo é adequada às capacidades digitais e de caracterização do cinema de hoje.

Só de notar que essa transformação homem/lobo é um pouco menos literal do que eu estava à espera. Basicamente, as mãos e pés tornam-se em garras e patas de lobo, mas o resto do corpo apenas desenvolve pelos (muitos pelos!) e a musculatura. Este "lobo" pode andar de pé como um humano, mas pode correr com as quatro patas, dependendo do terreno e da velocidade que pretende atingir.

No fim, fiquei com uma ideia de um filme da década de 40, na altura em que proliferavam os filmes de lobisomens, vampiros, e outras criaturas do género.

Depois de uma pesquisa, concluí que, de facto, este filme é um remake do original de 1941 (wikipedia, IMDB), o que explica algumas das "falhas" deste filme, que agora são mais parecidas com características herdadas do original, do que propriamente problemas de guião ou de realização. Com isto, subiu um pouco na minha consideração.

É um filme a ver, mas só quando não estiver a dar mais nada na televisão.

1 comentário:

  1. É isso tudo...fraco...mas não deixando de ser assustador.
    Aconselhar a ver? Não.
    Vejam em casa, não acho que vale a pena gastar dinheiro no cinema, até porque o cinema já não está nada barato e deve-se escolher bem o que se vai ver.
    A fotografia do filme é boa e algumas imagens são algo inovadores num filme deste género.
    Mas confesso que com o leque de actores estava à espera de muito mais.
    Mas também não é MAUUUU...so não é bom :)

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