28 de fevereiro de 2010

Sakura

Decidimos experimentar mais um japonês com uns amigos nossos. Pelas nossas contas, entre a 5 de Outubro e as Twin Towers, passando pela zona do Saldanha, há 8 restaurantes Japoneses… Aparecem como cogumelos…

Este é na Rua Sousa Martins, mesmo ao lado do Fórum Picoas. O restaurante Sakura apresenta-se como o maior restaurante japonês em Portugal e o espaço é de facto grande, mas não sei até que ponto poderá ser o maior. As empregadas estão vestidas com os tradicionais kimonos, mas apesar disso ficámos com a sensação que estávamos num restaurante chinês, com comida japonesa…
O esquema do restaurante é igual aquele que predomina em restaurantes deste tipo… Paga-se 16€ por pessoa e depois é comer até não caber mais nada. É-nos dada uma folha com números onde podemos marcar até 5 variedades de cada vez. Entregamos a folha, esperamos, comemos, fazemos mais uma folha, esperamos…. Este esquema em conjugação com a pouca frequência com que nos vêem pedir a folhinha, faz com que a refeição seja longa e com grandes tempos de espera.

Bom, em relação à comida, o sashimi era bom, os nigiris tinham arroz em excesso (o costume…) e o sushi era razoável. Acabamos por fazer uma refeição maioritariamente de sashimi, o que é sempre bom. No fim experimentamos pato e vaca na chapa e mais uns cogumelos. A qualidade da carne era bastante boa e soube bem rematar a refeição com qualquer coisa quente.

Resumindo, é mais um japonês à descrição… Como comparação, acho que o arroz é melhor que o Osaka, mas acho difícil um restaurante de comida à descrição conseguir servir sushi com a qualidade do Aya. Mas pode ser que "inventem" um japonês assim.

Sakura
213574151
Rua Sousa Martins, nº 7 C
Lisboa-Picoas

Homens que Matam Cabras só com o Olhar


Sinópse:
O repórter Bob Wilton anda à procura do seu próximo "furo" quando conhece Lyn Cassady, uma sombria figura que afirma fazer parte de uma unidade experimental do Exército Americano. Segundo Cassady, o New Earth Army está a mudar a forma como as guerras são combatidas. Uma legião de "Monges Guerreiros", com poderes psíquicos sem paralelo, consegue ler os pensamentos do inimigo, atravessar paredes e mesmo matar um bode só de olhar para ele! Agora, o fundador do programa, Bill Django, desapareceu e a missão de Cassady é encontrá-lo. Intrigado pelas “histórias da carochinha” de Cassady, Bob decide impulsivamente segui-lo. Quando a dupla descobre Django num campo de treino clandestino, liderado pelo renegado médium Larry Hooper, o repórter vê-se no meio de um diabólico duelo entre as forças do New Earth Army de Django e a milícia pessoal de super soldados de Hooper. E para sobreviver a esta louca aventura, Bob terá de vencer um inimigo que nunca julgou poder existir.

Bem.. a primeira coisa que me ocorre dizer é: Bons tempos em que iamos às sessões das 14h aos dias de semana e tínhamos a sala só para nós... ou melhor... o tempo em que o Monumental tinha a sessão da manha que, regra geral, estava às moscas...! Bons tempos... Agora temos que ir no mesmo horário que todo o mundo, e temos que ouvir as gargalhadas "fora de sitio" de montes de gente.

Quanto ao filme.. é muito bom! Não quero estragar o filme a ninguém, e por isso não vou adiantar muito. Mas posso dizer que é uma comédia fora do normal, com um tipo de humor especial de tão absurdo. Resumindo, são quase 2 horas de descontracção e bom humor. Recomendo.


Nota: Eu que não sou grande fã do
George Clooney, mas tenho que reconhecer que ultimamente tem estado em grande..:)
http://www.themenwhostareatgoatsmovie.com/#home

27 de fevereiro de 2010

O Anexo e A Lenda da Moira Encantada (revisitada)

Pois é, depois do que lemos aqui, ficámos com vontade de rir um bocadinho e fomos ver A Lenda da Moira Encantada. A Sónia e o Pedro alinharam numa segunda visita ao Teatro de Bolso, e ainda bem, quanto mais gente a rir, melhor!

Tínhamos combinado jantar por perto do Teatro de Bolso, mas surgiu a ideia de experimentar um sitio que seria novo para nós… O Anexo. O espaço é pequeno… Tem uma ou duas mesas no piso de cima e mais uma série delas na cave. Apesar de estarmos numa cave, as cores da sala tornam o espaço agradável.

Este restaurante serve principalmente pizzas e massas, mas para além destes pratos serve pão… Sim, pão… E o pão é uma delicia. Pão com queijo, frango, banana, caril, atum, tomate… Enfim, qualquer coisa que consigam imaginar. Estes pães são feitos misturando a massa ainda por cozer com os ingredientes, indo de seguida ao forno. O resultado é excelente e ficamos com vontade de fazer este tipo de coisas em casa. Comemos também uma pizza e seguimos caminho para o teatro.

Sobre A Lenda da Moira Encantada basta dizer que é mesmo rir do principio ao fim. As personagens estão muito bem conseguidas, sendo que a minha preferida foi sem dúvida a empregada… Ainda me riu só de pensar naquela personagem a falar do "produto" e do "fármaco"... A forma como imitam a pronuncia Setubalense é algo de espectacular. Só de ouvir ficamos com uma vontade incontrolável de rir.

Valeu sem dúvida a pena... Há muito tempo que não me ria tanto.

25 de fevereiro de 2010

The Wolfman (2010)

Pois bem... numa decisão um bocado em cima do joelho, decidimos ir ver "The Wolfman" (wikipedia, IMDB) ao Freeport.



Jantar no restaurante japonês Hong Sha Long, que já conhecemos, que de japonês tem pouco, só mesmo a comida. Mas é bom e barato o suficiente para lá voltarmos repetidamente, quando vamos para aqueles lados...

Mas o post é sobre o filme, portanto voltemos a ele.

No geral, achei o filme fraco.
Um rol de actores que inclui Anthony Hopkins, Benicio Del Toro, Emily Blunt e Hugo Weaving (o conhecido Agent Smith dos filmes "Matrix", ou como Elrond, pai de Arwen, nos "Senhor dos Anéis") prometia mais.

A partir deste ponto não me responsabilizo por estragar o filme a alguem, com base nas descrições que possa colocar aqui.
Quem quiser ver o filme sem saber mais nada, fique-se por aqui, e volte mais tarde.
Considerem-se avisados.

Alguns aspectos da história foram mal desenvolvidos, ou ficaram inteiramente por desenvolver.
Percebe-se muito rapidamente e cedo na história que Sir John Talbot (Hopkins), o pai de Lawrence Talbot/The Wolfman (Del Toro) é também ele um lobisomem, embora ele só o admita directamente muito mais para o fim do filme.
A relação de Lawrence com Gwen (Emily Blunt) é um bocado estranha: num momento é inexistente, no seguinte são os maiores amantes do mundo.
Até a pesquisa que Gwen efectuou, na esperança de encontrar uma cura para a licantropia (termo clínico para definir a condição de lobisomem), foi rápida e inconsequente. Esperava-se uma dedicação mauis intensa, seguida de uma frustração total em doscobrir que a única cura é a morte. Mas no filme não se vê nada disso.

Tirando o mau, ficou pouca coisa boa: os ataques do lobisomem são de facto assustadores, os flashes/visões de Lawrence antes de se aperceber no que tornou não se conseguem ignorar, e a transformação homem/lobo é adequada às capacidades digitais e de caracterização do cinema de hoje.

Só de notar que essa transformação homem/lobo é um pouco menos literal do que eu estava à espera. Basicamente, as mãos e pés tornam-se em garras e patas de lobo, mas o resto do corpo apenas desenvolve pelos (muitos pelos!) e a musculatura. Este "lobo" pode andar de pé como um humano, mas pode correr com as quatro patas, dependendo do terreno e da velocidade que pretende atingir.

No fim, fiquei com uma ideia de um filme da década de 40, na altura em que proliferavam os filmes de lobisomens, vampiros, e outras criaturas do género.

Depois de uma pesquisa, concluí que, de facto, este filme é um remake do original de 1941 (wikipedia, IMDB), o que explica algumas das "falhas" deste filme, que agora são mais parecidas com características herdadas do original, do que propriamente problemas de guião ou de realização. Com isto, subiu um pouco na minha consideração.

É um filme a ver, mas só quando não estiver a dar mais nada na televisão.

18 de fevereiro de 2010

Aya e David Lynch

Fomos desta vez experimentar o Aya, um restaurante japonês nas Twin Towers em Lisboa (perto do comboio de Sete Rios, Hotel Corinthia Alfa, enfim... ali na zona).

O restaurante está dividido em duas partes:
  • No piso 0, a parte mais "japonesa" do restaurante, com duas salas privadas, mesas normais, e à la carte. É também o mais caro. Pelo que me disseram, existem algumas entradas que vão para os 20€...
  • No piso -1, o restaurante de "tapete", ou "sushi de comboio". Esta parte é mais acessível ao bolso do comum português. Foi a este que fomos comer.

A primeira coisa que me chamou à atenção, foi o preço. Ou melhor, o cálculo do valor a pagar.
Em todos os outros restaurantes japoneses de tapete a que tinha ido, o preço era fixo, só se pagavam as bebidas à parte.
O Aya apresenta uma metodologia diferente: os diferentes tipos de sushi são colocados em pratos diferentes, e de acordo com a cor do prato, assim é o preço desse prato. No fim, soma-se tudo.
Diga-se que não gostei muito deste método, porque, quer se queira quer não, está-se sempre a fazer contas de cabeça, e a comer os pratos mais baratos para depois no fim se cometer uma ou outra extravagância mais cara. É estranho, e distrai do verdadeiro propósito: apreciar o sushi.

E por falar nele, vamos ao que gostei.
Sem dúvida, sushi irrepreensível em todos os aspectos. As fatias de sashimi eram tão grandes, que quase pensei que eram postas inteiras de peixe! Para além da apresentação ser mais cuidada, o sushi é mesmo bom. Só não consigo decidir se é ou não melhor do que o que servem no Osaka, um outro restaurante japonês na zona do Saldanha, onde já fomos algumas vezes. Nota-se perfeitamente a diferença no sabor. Acho que é do arroz...

O tapete passa junto às mesas, mas este está protegido por um túnel de acrílico, para prevenir contra espirros, tosse, toques indesejados por outras pessoas... uma escolha higiénica, a meu ver bem implementada. Quando o prato que pretendemos passa perto da mesa, desliza-se a portinha para cima, retira-se o prato para a mesa e fecha-se a porta.
Do lado oposto do tapete, estão os funcionários, a preparar a comidinha que tanto gostamos, e a abastecer o tapete, mesmo diante dos nossos olhos. Dá para apreciar a destreza com que montam os hosomaki, os nigiri, temaki, e tudo o mais. Dá fome só de ver.

Tivemos que entrar no restaurante para apanhar uma mesa que desse para 6 pessoas, porque só existem 3 mesas para grupos. Todos os outros lugares sentados são ao balcão, de frente para o tapete.
Por motivos de força maior, um dos casais atrasou-se. Não há problema (pensávamos nós), já estamos sentados, esperamos um bocado.
O senão é que, ali a 20 centímetros, estava a passar sushi do melhor, e nós com água na boca, a salivar.
A isto chama-se tortura. TORTURA!!!
Resistimos durante um bocado, mas depois tivemos de comer qualquer coisa, só para aliviar a ansiedade e aguentar mais um pouco até chegarem os restantes membros do grupo.

Resumindo, é um restaurante para visitar de novo.
Em dias normais, o tapete é mais que suficiente.
Para cometer uma extragavância (por ocasião de um 100º aniversário, 75 anos de casados, ou 1º prémio no €uromilhões), é ir ao Piso 0, pedir uma sala, e comer o que apetecer.

No fim disto tudo, um filmezito do David Lynch: "Lost Highway".
Não conhecia, mas pelos vistos já tem um monte de anos.
E é o que se pode esperar de um filme deste gajo: ver até ao fim, e ficar a perceber o mesmo. Mas gosto deste tipo de filmes, pois dá origem às mais variadas interpretações, e a discussão é animada. Ou seria, não fossem já umas 4 da manhã, e o cérebro estar já a dizer "vai-te mas é deitar, pá!".
Gostei mais deste filme do que do Mulholland Drive. Mas, em defesa desse, os pedaços que vi (aos slides) somava cerca de emtade do filme, portanto não posso emitir nenhuma opinião precisa.


PS:
Esta é uma mensagem especial, dirigida a qualquer serviço secreto que me queira interrogar.
Não se dêem ao trabalho de me dar porrada, arrancar-me as unhas, injectar-me com pentotal de sódio, ou qualquer outra dessas dispendiosas e elaboradas técnicas de tortura.
Ponham um tapete de sushi a passar-me à frente, que eu conto tudo.

17 de fevereiro de 2010

Dias dos Namorados – 14Fevereiro 2010

Workshop de Danças de Salão+Workshop de Relaxamento para Casais

Mais um dia dos namorados, mais um ano…eu e o Pedro já assistimos a 11 dias dos namorados juntos…já estamos um bocado cansados da cena do restaurante a abarrotar, das rosinhas, das músicas foleiras, das bonecadas a dizer I Love You, etc e tal.

Prendas…bem também nos deixámos disso…prendas é quando nos apetece e “mai nada”!

Mas surgiu a hipótese de fazermos uns workshops engraçados…o ano passado fizemos um de relaxamento para casais…e foi muito bom…este ano além de relaxamento, antes ainda dar uns passitos de dança…pareceu-me muito bem.

1º passo de dança – convencer o Pedro a dançar J

Foi bem mais fácil convencê-lo a ir do que eu pensava…mas fui logo avisada que só ia porque gosta muito de mim e quer que eu me divirta, e que era melhor ir protegida contra pés de chumbo.

Ok ok! Tudo bem….desde que a gente se divirta he he he.

E lá fomos nós…e foi muito giro. Rumba e Cha cha cha…anda para aqui e anda para acolá…ao som de músicas que pronto…não serão da nossa maior preferência…mas foi muito divertido.

O Pedro portou-se muito bem mesmo, aliás, este menino anda a perder-se, ele tem jeito para a dança e anda a reprimir-se desta forma, não pode ser!

Depois de uma canseira a dançar, chegou a hora de relaxar…

O Workshop de Relaxamento para Casais, com direito a mantinha e lenço/cachecol como acessório, foi muito bom, teria sido melhor se o meu querido namorado não tivesse no lugar das mãos dois blocos de gelo…cada vez que me tocava em vez de me relaxar fazia-me arrepiar de frio espinha abaixo e espinha acima, resultado, não relaxei muito mas aprendemos as técnicas necessárias para reproduzir o workshop em casa num dia em que ele tenha as mãos mais quentinhas.

Aparte das mãos frias do Pedro, valeu a pena sair de casa num dia tão frio como o de Domingo de Dia dos Namorados.

Espero que para o ano haja mais :)

Experiência.. Passage to Índia

Ontem, às 15h recebi uma mensagem que dizia: “Apetece-me tanto Biryani”…Esta mensagem transportou-me automaticamente para aquele cantinho fantástico, perto do palácio da ajuda, que faz do Biryani a especialidade da casa… luz das velas, cheirinho a especiarias, e a simpatia característica do dono do sítio…vamos!
Perto das 8e30 chegamos ao restaurante onde encontramos o dono à porta, que, com aquele sotaque típico e sem perder o sorriso, nos diz: ”desculpa… Houve um problema de electricidade.. Desculpa!”… (Oh não... O meu Biryani…!) Desconsolados, e sem vontade de voltar para casa e inventar um jantar, andámos às voltas por Lisboa à procura de um sitio onde jantar.
Quando demos por nós estávamos perto do Saldanha, e pensámos os dois instintivamente: “já que não temos Biryani, vamos comer sushi à bruta…(lol)”, com o Osaka, e o seu menu buffet, em mente. Sinceramente, não posso dizer que seja grande fã do Osaka, mas neste momento é o que apetecia...e estávamos tão perto…!
Decididos, lá fomos… No caminho, mesmo mesmo encostado aos cinemas 222, encontramos o “Passage to Índia”, um restaurante indiano com um ar interessante...! Desistimos do Osaka, e optamos por este… afinal, o que nos tinha feito sair de casa tinha sido o desejo por comida indiana…!

Entrámos, e de facto este restaurante prometia… decoração interessante, diferente do típico indiano, mas com muito bom gosto... empregado atencioso e muito prestável, enfim, neste momento estávamos convencidos de ter encontrado a alternativa perfeita ao nosso cantinho especial.
Experimentámos uma entrada, recomendada pelo simpático empregado, e de facto era excepcional! Era uma mistura de chamuça com legumes e uns frutos… hmmmm, delicioso! Maravilhados com a entrada, tínhamos a expectativa no máximo! Para prato principal pedimos Biryani (Claro…) para ele, e uma suposta especialidade da casa picante para mim (enfim, não me lembro do nome, e esta foi a melhor descrição que consegui..lol)…

Devo dizer, que esta foi das mais fracas experiências de indiano que já tivemos… Não quero ser injusta, mas o Biryani era pouco melhor do que o arroz à valenciana servido na cantina do IST à sexta feira (dia de juntar restos da semana)…
A minha especialidade picante, era…. Picante, sim senhor, mas sem graça nenhuma… sem aquele cheirinho, aquele molho e aquelas cores, que fazem da comida indiana uma experiência única…!

Resumindo, este restaurante, à parte da entrada magnífica, foi uma desilusão pegada…. Nem o lachi escapou! O lachi é daquelas coisas que não podem correr mal… pode ser mais aguado, mais doce, menos doce… agora não pode correr mal…! Desenganem-se… ali pode! Experimentem beber polpa de manga directamente da lata original, mesmo com aquele sabor a lata…

Enfim, um restaurante engraçado, com uma entrada deliciosa, e com promessas que se revelaram vazias... No fim, o que ficou foi a vontade de comer Biryani!

13 de fevereiro de 2010

A Lenda da Moira Encantada


Hoje fomos ver a peça de teatro A Lenda da Moita Encantada, no Teatro de Bolso em Setúbal.
Nunca tinha ido a esta sala e julgo que o nome não podia estar tão indicado para o local como está.
Teatro de Bolso porque a sala é tão pequenita que quase que dava para levar no bolso. No público nem 50 pessoas cabem...mas o que interessa quando a grandeza não está no espaço mas sim nos acontecimentos?!


Começámos a rir no princípio e foi sem parar até ao fim!
O elenco é absolutamente divinal, eles são todos fantásticos!
Os sotaques, os pormenores da roupa, as expressões nas caras de cada um...bem, delirante...e com certeza ganhámos muito com o facto da sala ser pequena, não perdemos um único momento, um único sorriso, nada...deu para ver tudo :)
Jantámos por perto, antes da peça, no restaurante Nacu, não foi mau, comeu-se bem, a comida sabia bem e as pessoas eram muito simpáticas, mas foi daquelas saídas não centradas no jantar.

A experiência A Lenda da Moira Encantada valeu por si mesma, sem necessidade de acessórios, sem necessidade de mais nada além de aproveitar quase duas horas de deliciosa insanidade, de personagens loucas, enfim um EXCELENTE momento de prazer.
Vocês ainda vão a tempo de ver...e vale a pena!

9 de fevereiro de 2010

"You’ve F*cked with the wrong Mexican"

Nem de propósito... ainda há uns dias andávamos a falar da sessão de Grindhouse que tivemos, e eis que leio esta fantástica notícia: "Machete", cujo fake-trailer passou antes do Planet Terror, vai mesmo ser um filme!



Foi filmado no Outuno passado nas instalações do Troublemaker Studios em Austin, Texas, e parece que a FOX ganhou a batalha contra a Lionsgate e a Paramount pelos direitos de distribuição do filme.

O filme conta com Danny Trejo no papel principal, e a ele juntam-se Michelle Rodriguez, Jessica Alba, Robert DeNiro, Don Johnson, Cheech Marin, Steven Seagal e Lindsay Lohan. O elenco mais ecléctico de que tenho memória.

Umas simples contas de cabeça:




- Please, father! Have mercy!
- God has mercy... I don't!
   BLAAAM!!!!


Há alguma coisa melhor que isto???

Está previsto sair a 16 de Abril. Até lá, resta-nos esperar.

Trailer no Youtube

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8 de fevereiro de 2010

Jardim doSentidos

Nem sei por onde começar...

Visto da rua, o Jardim doSentidos parece um pequenino restaurante dedicado a boa comida.
A primeira vez que lá fui (para comprar um voucher em jeito de prenda de Natal), passei mesmo à porta e nem o vi, e depois andei quase 20 minutos a pé, de GPS na mão, escada acima, rua abaixo, à procura do raio do sítio...

Mas esta pequena pérola no meio de Lisboa (zona da Praça da Alegria) esconde muito mais do que um jantar. No menu estão, não só a comida exclusivamente vegetariana, mas uma série de terapias especialmente escolhidas para transformar a simples ocasião numa experiência excelente, desde que se entra nas instalações, até que se sai porta fora. Massagens a la carte de todo o tipo, Yoga, Reiki, Shiatsu, Chi Kung, e muitas outras coisas, e depois, uma ementa de fazer crescer água na boca.

Como disse, o espaço parece pequeno, mas não é. Após a zona de entrada, onde podemos comprar tudo desde chás, incensos e queimadores, até livros e mais algumas coisas, chegamos à zona de mesas propriamente dita. Assim a olho, capacidade para 60/70 pessoas. Depois, passamos uma porta para uma zona exterior coberta. Os cinzeiros em cima das mesas indicam claramente que esta é a zona para fumadores, com capacidade para outras tantas pessoas.
Depois de atravessarmos esta "tenda", estamos no jardim propriamente dito: um espaço exterior que serve de separação visual e auditiva entre a zona dos comes e bebes e a zona do relax. Não explorámos muito esta zona, pois as salas que nos estavam destinadas eram muito perto da entrada.

A primeira parte da nossa sessão consistia numa massagem Ayurvédica para os dois. É "uma vigorosa massagem que estimula os músculos e a circulação, libertando as toxinas presas aos músculos e tecidos. Através de toques profundos com as mãos, a Massagem Ayurvédica propicia um realinhamento postural, alívio de tensões (por vezes crónica) no corpo físico, fortalece o sistema imonológico, e tem efeitos anti-stress e anti-depressivos."
Música relaxante, muito pouca luz (toda à base de velas), cheiro a canela, e porrada em tudo quanto é músculo e tendão, durante uma hora inteira. Exactamente o que estávamos a precisar.

Depois da "tareia", e visivelmente mais descontraídos, seguiu-se o jantar, que incluia entrada, prato principal, sobremesa, café e uma bebida por pessoa. Pode-se escolher o que se quiser do menu, não há restrições ao tipo de entrada/prato, como em alguns restaurantes.

Na mesa estavam uns pães, para comer como se quisesse. Nós decidimos atacar os molhos que estavam ao lado: Tofu com hortelã, Beringela picante (o favorito, até acabámos com ele), e mais um que não me lembro o nome (era cor-de-rosa, e a meu ver, o que menos gostei).

Para entrada, uns cogumelos recheados com espinafres e queijo para "ela", e uns Pakora (panados de vegetais e especiarias) para "ele".

O prato principal foi do melhor que já comi. Bife à Parmegiana: "Bife de seitan panado, coberto com um delicioso molho de tomate e gratinado com queijo mozzarela. Acompanha com puré de batata e salada".
Três palavras: Di, vi, nal!

Para ela, uns Canelonni: "Recheados com um delicioso creme de milho, com espinafres, pimentos, soja, alho francês e ricota. Gratina com molho Bechamel e Queijos Mozzarella e Roquefort. Acompanha com salada".
Também muito bons, mas o meu estava melhor... digo eu!

Para acabar em beleza, Cheesecake de Lima, e Crumble de Maça e Ameixa com gelado. São tão bons como o nome dá a entender.

É assim que a comida vegetariana deve ser!

Concluindo: Massagem excelente, jantar ainda melhor. No fim, já estávamos a pensar: temos de trazer cá esta e aquela pessoa, e mais aquela, e a outra também, e mais estes, e não nos podemos esquecer dos outros...
Na ementa, o preço por prato ronda os 9/10€, o que é bastante aceitável. Uma refeição completa deve andar por volta dos 20€.

Link para quem quiser coscuvilhar: Jardim doSentidos


Nota final:
Não sou vegetariano, nem estou a pensar em tornar-me um. Quem me tira a carninha tira-me tudo.
Eu vejo a comida vegetariana não como uma alternativa, mas como um complemento da cozinha "normal". Até já cozinhei pratos vegetarianos em casa, e ficaram muito bons. Para mim, está ao nível da comida chinesa, japonesa, indiana, italiana, etc. É óptima para variar, e se for como a que comemos neste restaurante, para repetir até fartar.

7 de fevereiro de 2010

Afreudite

O nome da deusa grega da beleza e do amor é sugestivo e, apropriado para um restaurante afrodisíaco. Já nos tinham falado deste restaurante no Parque das Nações e tínhamos ficado curiosos… Após uma tentativa falhada por não termos feito reserva, decidimos marcar mesa para não haver surpresas. Quando entramos sentimos um cheiro exótico que nos transporta para Oriente. O espaço é acolhedor, com uma iluminação quente e uma decoração que assenta perfeitamente no tema do restaurante e onde predominam, como seria de esperar, mesas para dois.

Depois de nos passearmos pelo menu a ler as descrições que acompanham cada um dos pratos, escolhemos para entrada "Orgia de Satay", que é basicamente camarão grelhado num espeto de madeira, acompanhado por um molho que não consegui identificar. Como pratos principais escolhemos "Crepes Zwang" e "Idealish" que acompanhamos com uma sangria "Sangre Dionisíaco". É importante acrescentar que esperámos cerca de uma hora e um quarto pelos pratos, o que nos deixou pouco impressionados com o serviço e com um pouco menos de vontade de experimentar o que tínhamos à nossa frente. Mas continuando…

Os "Crepes Zwang" são crepes picantes com cogumelos que achámos deliciosos! "Idealish" é pato panado com mel e picante que, apesar de ser agradável, não difere muito daquilo que podemos encontrar em alguns restaurantes chineses ou até japoneses…

A sangria… ah a sangria. Posso dizer que foi uma das melhores sangrias que já bebi, e que deu um excelente acompanhamento para o que pedimos.

Para finalizar escolhemos "Combustivel de Manga", que difere da já tradicional mousse de manga por ter também maracujá, nada de transcendente aqui.

Concluindo, o local é bastante agradável e há certamente muitos mais pratos para experimentar, no entanto os 66€ que pagámos e o infindável tempo que esperámos, fazem-nos pensar duas vezes antes de voltamos para explorar aquilo que deixámos para trás.

Afreudite
218940660
Passeio das Garças, lote 8B
Parque Das Nações

Experiência… Alla Trapanese

Num dia, igual a tantos outros, andávamos na normal sessão de compras semanal, numa qualquer grande superfície, quando me lembrei… e o jantar de hoje? O que é que vai ser?.. como de costume nunca temos ideias…! De repente lembramo-nos… estamos num supermercado… não costumam faltar livros de receitas! É isso mesmo... vamos bisbilhotar um livro de receitas, e pode ser que saia qualquer coisa de jeito..! Pensando bem, um supermercado é o melhor sitio para se consultar um livro de receitas e decidir o jantar, pelo menos ingredientes, à partida, não faltarão!

Então lá fomos, escolhemos um livro do Jamie Oliver (Ouvi dizer que até faz umas coisinhas de jeito..), abrimo-lo na parte das massas (hmmmm… maaaaassas… yumi), e escolhemos: “Spaghetti alla Trapanese”.

O nome não diz muito… aliás, não diz nada… mas se tem esparguete, para mim é bom! (lol)

A primeira frase que se pode ler nesta receita é:“Oiça bem – Este pode ser o seu próximo prato de massa favorito!”… (É mesmo isto!).

Ingredientes:

455g de Esparguete

Sal e Pimenta (hmmmm…pimeeenta!)

150g de Amêndoas (interessante…)

Alho (sim, claro…!)

4 mãos-cheias de folhas de Manjericão (quanto é que é uma mão cheia?!.. não interessa, muito deve chegar…lol…)


150 de Queijo Parmesão ralado ( Parmesão.. a sério? Mas não consigo encontrar isso…Se calhar, se for Queijo da Ilha também fica bom… deixa experimentar!)

600g de tomates


Depois de reunidos os ingredientes, e de devidamente apontada a receita, é altura de regressar a casa e fazer aquele que será o nosso prato de massas favorito.

O modo de preparação desta receita não tem muito que saber ( e ainda bem.. cozinhar não é propriamente o meu forte…!), basicamente é cozer o esparguete, picar ou esmagar num almofariz todos os ingredientes e mistura-los numa pasta mais ou menos homogénea (e com um cheiro… salivante!).

Depois da misturada a pasta com o esparguete, é altura de provar, saborear e gozar aquele que é o nosso prato favorito de massas!

3 de fevereiro de 2010

Taverna dos Piratas

Ou, como dizia o letreiro, "Ta-erna dos Pi-atas", cortesia de umas luzes fundidas...

Tendo uma ocasião para comemorar, e na ideia de experimentar um restaurante onde nunca tivessemos ido, encontrei a Taverna dos Piratas, em Santa Marta do Pinhal (meio caminho entre Cruz de Pau e Corroios). A segunda hipótese seria "A Tapadinha", restaurante Russo em Alcântara. Já um pouco fora de mão para um dia de semana, portanto fica no registo para uma próxima oportunidade. Estou curioso sobre a comida russa, portanto espero que não demore muito...

Não me percebam mal, os nossos restaurantes "habituais" são-no por várias razões: a comida é boa, o atendimento é bom, a localização também. Daí serem os habituais. Mas é esse mesmo o problema: já sabemos como vai ser. Se não corrermos riscos de vez em quando, podemos nunca conhecer o restaurante de sonho, aquele que eu acredito que espera por nós no Além. Para uns é o Céu, para outros são as virgens, para outros a reencarnação, para mim é "o" restaurante.

Voltando à Taverna...

Após uma pequena conversa telefónica (para confirmar se estavam abertos), decidimos ir. A ementa possível seria carnes e peixes grelhados, cataplanas, alguns mariscos, etc. Nada de verdadeiramente transcendente, mas se o restaurante fosse tão bom como o burburinho nas inter-redes fazia crer, valia a pena dar lá um salto, no mínimo pela experiência.

Decoração engraçada, de acordo com o nome: Empregados vestidos de acordo com a época, um esqueleto pendurado aqui e ali, uns barris, murais com pinturas de tavernas repletas de piratas em concursos de braço de ferro com a ocasional pala no olho e perna de pau. Bem adaptado ao tema. Por ser dia de semana, estava calmo, mas pelo que li, nos dias mais movimentados, há musica ao vivo (presumo que seja "da época", senão estraga um bocado o ambiente), e até os donos circulam pelo espaço vestidos a rigor, com muitos folhos, chapéu, gancho e tudo, a certificarem-se que está tudo bem com os clientes.

O serviço foi relativamente rápido, empregado simpático, ou seja, perfeitamente aceitável. E ainda bem, porque chegámos quase em cima das 21h e estávamos com uma fome...

A escolha de comida recaiu sobre as carvoadas. Para quem não sabe, é uma espécie de fondue grelhado, onde no centro da mesa é colocado um "tacho" com as brasas do carvão e uma grelha por cima. Vai-se metendo a carne (crua, fornecida em pratos) conforme se quer, e quando tiver feita é tirar para o prato e comer. Acompanhado com batata frita (não congelada, via-se que foi mesmo descascada e cortada à mão), fruta, e claro, os molhos. Nada demasiado elaborado, mas muito bom.

Resumindo e concluindo, 100€ para 4 pessoas. Mas também, as carvoadas não são propriamente o prato mais barato que lá está...

Voltava lá? Sim, mas à sexta ou sábado para jantar, para tentar ver a Taverna na sua forma mais completa. E para experimentar outros pratos. Havia na ementa um ou outro que não me importava de provar, na próxima vez que lá for. Quando, é que eu não sei.
Com toda a certeza, irei primeiro ao restaurante russo antes de voltar a este.

1 de fevereiro de 2010

Taj Palace e Grindhouse

Partilhar experiências dos 5 sentidos, comuns ou não...não interessa...podemos começar por falar na experiência de dia 30 de Janeiro 2010.

Ingredientes:
Jantar Indiano (Taj Palace - Cruz de Pau)
Conversa (a 3 gajas)
Cinema em Casa (Death Proof e Planet Terror)

O Taj Palace já conheço há muito anos...bom...muito bom, o cheiro intenso a especiarias assim que se abre a porta do restaurante fazem-me lembrar o sorriso de Amar, o proprietário, e intensifica a minha vontade de comer, hmm, o quê, é sempre uma loucura escolher.
Todas as cores loucas da comida indiana fazem-nos comer com os olhos. e escolher o prato da noite, não é apenas escolher o sabor, é escolher a cor que nos apetece comer.
Bem...Shahi Chicken, foi a minha escolha da noite, acompanhado do belo do arroz pulau...que cores!
Houve um pequeno percalço, a Ana ainda começou a comer o meu prato, que era exactamente igual ao dela, com a diferença que o dela devia ser peixe...mesmo com a dúvida do Bruno ao provar peixe a saber a frango foi preciso o prato dela chegar à mesa para percebermos que estava trocado he he he...é mesmo assim, a malta não se atrapalha, prato para lá, talheres para cá e tal, acabei por comer o meu e ela o dela (lol).
Mas sem estes percalços jantar fora não era a mesma coisa!!
E pensei...caramba...quando uma pessoa convida alguém a conhecer um sítio tem de acontecer sempre alguma coisa.
Pelo menos não foi com os "convidados".
Isto não é sempre assim, normalmente não há enganos!

Jantar terminado, sempre cheia...nunca há espaço para sobremesa...passamos ao próximo passo...CONVERSA...3 gajas juntas, blá blá blá na minha casa...o tempo vai passando...enquanto os 3 respectivos assistem ao Death Proof (Rita tens de ver assim que puderes).

Sendo que a Ana e o Bruno tinham de ir embora :( acabou-se a conversa das gajas, os quatro "sobreviventes" alinharam na continuação da sessão de cinema e como tal para não fugir ao tema anterior, toca de ver o Planet Terror.
Este filme é absultamente delicioso, a recuperação do Grindhouse por Robert Rodriguez e Quentin Tarantino e uma homenagem aos filmes de terror dos anos 70, dá-nos momentos verdadeiramente hilariantes e ao mesmo tempo que revoltam o nosso estómago. Já revi o filme...e voltarei a rever...trabalho bem feito uma pessoa nunca se cansa de rever.

A noite já ia longa e infelizmente perto de terminar...mas sempre em vista a próxima sessão de comes, bebes, cinema e muito mais.